Contextualizando: concurso Contos do Rio, jornal O Globo. Pensei, Bom, vou participar. Escrevi o CONTO SEM NOME E SEM VIDA (15.7.03). Não ficou bom, não sou eu. Bem, talvez um pouquinho, mas, sem tempo ou cabeça pra fazer outro – eu, que detesto escrever de encomenda, pelo menos dos outros –, resolvi mandar, desse eu gosto mais, o VAI GRAXA AÊ? (21.03.03). Depois de meses de espera e muitos atrasos, sairia a lista dos – não mais os iniciais 10, mas agora – 30 escolhidos. Isso devido, alegavam, à grande qualidade dos textos. Como eu previra, meu nome não tava lá – foi o maldito cancêr da esperança que me fez comprar o jornal no sábado. Pronto, pensei, lá vou eu tomar uma lição de humildade. Aprender o que é escrever de verdade. Vou ter que aceitar. Mas, eis que, não devia ser surpresa, os contos escolhidos são uma merda. Ruins. E não comparativamente: não chegam a ser bons. Pueris. As pessoas brigando com a pena, as idéias velhas, as construções esmaecidas. Figuras mortas, ultrapassadas. Tem o que tenta fazer o fluxo de pensamento, ruim, a menina que só usa vírgula, ruim, o com fato histórico, ruim, o com sexo e virtuose de vocabulário, ruim, o violento, o irônico, o construtivo. Ruins, todos ruins. Sem vida, sinceridade: de encomenda.
Contudo, só foram 6 até agora. Pode ser que melhore... quem sabe?
O pior é que, às vezes, acho que se tivesse mandado o primeiro, talvez me encontrasse agora entre os escolhidos. Ainda bem que não mandei.