A palhaçada acabou. É quase triste. Ou triste. Isso significa que, por mais que ele, o livro, ainda nem tenha nascido, pra mim ele morreu. Não tô reclamando. É bom tê-lo pronto. Espero que uma publicação caia do céu, porque eu não tenho mais o menor saco pra procurar nada. Ao contrário do Domingo, que assim que ficou pronto precisava ser publicado pra eu saber se tinha ou não escrito um livro, se aquele monte de besteira podia ser literatura, ao contrário disso, esse me deu muito só por ficar pronto. De certa forma, eu consegui. E foi difícil, ah, foi difícil pra caralho! Livro complicado. Apesar de não poder mais desfrutar dele, lê-lo, o seu funeral me trouxe a resolução de algum desafio idiota que eu tinha me proposto. Sorte que o outro – o próximo – já começou a me incomodar. Mais alguma coisa pra eu não saber se consigo dar conta. Se conseguir, já não sei se terei muito o que fazer depois. Já aprendi que eu sou chato, formailsta, barroco, deprê, monotemático, reclamão, exagerado. E, mais recentemente, ultrapassado e demodé. Pode alguém continuar muito adiante carregando tal quantidade de defeitos? E pode alguém querer ler o que essa mala escreve? Talvez por isso, publicar tenha ficado menos importante que escrever. Azar o meu. Daqui a dois anos, quando acabar o livro, eu já deverei ser inclusive 'mestre em comunicação', algo inimaginável pra alguém como eu – vejam vocês, logo quem! –, e não penso que terei muito mais o que fazer da vida. Emfim. Sei lá. Não concluí nada. Só pra escrever por aqui,depois de tanto tempo. Pena ser só diarice.