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Seu dinheiro de volta!
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9.9.05
NINGUÉM
reparou – nem eu – pra onde foram, em tão pouco tempo, 4 dos meus poucos quilos.
Que eu fujo, diabos, e como!, de Vicente e Mariana, mal-paridos, esperando.
Ninguém reparou. Nem eu. Que não fiz dinheiro, mal-fiz amigos e desfiz amor. E em quê, tampouco se sabe.
A comida acabou. Essa semana não fiz compras. A vida passou, tomei sorvete, cheguei atrasado demais, mais dormi que acordei.
Não sei se tenho fome. Acho que
não tenho mais nada.
Ah, mas isso não é uma queixa – não, isso é bom. Eu agora sorrio sempre!
Algo escorreu de mim e eu nem chorei.
Ou chorei sem reparar. E não dá no mesmo? Também não repararam. Não deve ter sido assim.
De menino até aqui foi mesmo pouca coisa que notar.
Pensando assim, nem sei. Duas ou três cores que eu não sei contar e o tanto de uma saudade que veio comigo. De antes-ainda.
Mais algo que eu posso ter esquecido ou perdido.
Ou inventado.
Que sumiu.
E que ninguém reparou que. Nem eu.
posted by franciscoslade
1:33 AM
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